“A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. Esta frase de Nelson Mandela representa o que foi partilhado na tarde da última quinta-feira (16), no Auditório do Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). Na ocasião, foi feita a apresentação do Projeto Doador do Futuro para representantes de escolas de Ensino Médio públicas e particulares da cidade.
Este projeto, concebido pelo Núcleo de Comunicação, Imprensa e Marketing (NCIM) e que conta com a participação do Banco de Leite Humano (BLH), Biobanco (Banco de Olhos e Organização de Procura de Órgãos e Tecidos) e Hemocentro do Hospital, consiste num trabalho educativo e contínuo sobre doação de sangue, leite humano e órgãos, junto a entidades de Ensino Médio das redes pública e privada de Botucatu, com o objetivo de promover a cultura de doação voluntária, atingindo, principalmente, o público jovem.
A juventude foi escolhida para encabeçar o Doador do Futuro porque esta fase etária possui grande potencial para realizar mudanças na sociedade e, neste caso, propagar o valor de doação.
No Brasil, esta cultura ainda não atinge patamares elevados. Segundo o Índice de Solidariedade Mundial (que registra, em 140 países, o número de pessoas que ajudaram um estranho, doaram dinheiro para uma ONG ou fizeram trabalho voluntário), o Brasil ficou apenas em 68º lugar no ano passado, atrás de vários países sul-americanos, como Peru, Chile e Uruguai.
A reunião foi iniciada com a presença de Bruna Carla Fioruci, coordenadora do NCIM do HCFMB, que agradeceu a presença de todos na reunião e descreveu informações sobre a realidade enfrentada pelo Hospital, o Projeto e como a realidade apresentada pelo Índice medido pela Charities Aid Foundation (CAF) pode ser mudada.
Após este primeiro momento, Angélica Almeida, nutricionista responsável pelo BLH, Cibele Gregório, enfermeira da OPO e Dr. Sílvio Neves, coordenador técnico do Hemocentro, fizeram uma breve apresentação da realidade de cada setor envolvido no Doador do Futuro, tirando dúvidas do público e reforçando a necessidade de constituir uma cultura de doação mais sólida em prol dos pacientes internados no HC.
O Projeto Doador do Futuro já existe em outros Hospitais brasileiros, mas, no HCFMB, terá um diferencial, que será o de englobar todas as áreas do Hospital que precisam de uma intervenção da sociedade pois, sem o material biológico / humano, estes serviços não conseguiriam trabalhar.
Durante a discussão, houve grande interação e interesse entre os educadores e profissionais presentes no Auditório. O próximo passo será discutir a inserção do Projeto no Planejamento Escolar de 2018, agregado em Feiras de Ciências, Mostras Culturais e em outras ações, conforme a particularidade de cada escola.
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