Hemocentro do HCFMB passa por auditoria de qualificação para envio de hemoderivados

No mês de fevereiro, o Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) passou por uma auditoria inédita de qualificação realizada pela equipe da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), para aprovação e posterior credenciamento do serviço no envio de plasmas excedentes para setores industriais.

As áreas auditadas no Hemocentro contemplam o ciclo do sangue: atendimento do doador, laboratórios de produção de hemocomponentes e processamento, hemovigilancia, Laboratórios de Sorologia, Imuno-hematologia e controle de qualidade de hemocomponentes. Além disso, foram verificados tópicos relacionados à estrutura física, gestão da qualidade, engenharia clínica, equipamentos, informática, recursos humanos e suprimentos.

Dr. Cláudio Lucas Miranda, responsável técnico do Hemocentro, com auditoras

“O processo de auditoria com a equipe da Hemobrás possibilitou identificar em nossos processos as atividades que precisam ser revisadas e aquelas que estão em excelência dentro do ciclo do sangue. Foi um momento ímpar de troca de experiências entre auditores e equipe técnica”, destaca a Gerente do Hemocentro do HCFMB, Andrezza Castro.

A Hemobrás é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Saúde que possui a função social de garantir aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o fornecimento de medicamentos derivados do sangue e/ou obtidos por meio de engenharia genética, os chamados biofármacos, a partir de uma produção nacional. “Estes medicamentos beneficiam a vida de milhares de pessoas com hemofilia, além de pacientes com imunodeficiências primárias, queimaduras graves, Aids, câncer, dentre outras doenças”, afirma a Coordenadora do Núcleo de Hemoterapia do Hemocentro do HCFMB, Patrícia Carvalho Garcia Bonichini.

De acordo com Patrícia, com o credenciamento do Hemocentro, os hemocomponentes não utilizados em transfusões serão direcionados para a produção de hemoderivados, como albumina, imunoglobulina, fator VIII e fator IX de coagulação. “O envio do plasma excedente para a indústria representa um enorme ganho para a população e para o SUS, já que permitirá a produção de componentes importantes para o tratamento de vários grupos de pacientes”, encerra.

As auditoras presentes no processo foram Renata Rizzo, da ABHH, Raquel Góis Bastos, da Hemobrás, e Lucimara Futema Aguiar, da Octapharma.