Humanização no tratamento foi tema de discussão no IV Encontro Multiprofissional em Estomias

No último dia 7 de junho, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – HCFMB – reuniu médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e alunos de graduação e pós-graduação para o IV Encontro Multiprofissional em Estomias.

Com um dia todo de programação, o evento abordou com os profissionais de saúde um olhar cada vez mais humanizado em relação ao paciente e o procedimento de estomia, visando, inclusive, quebrar tabus sobre o assunto.

O encontro, que reuniu mais de 120 participantes, teve como principal objetivo aprimorar a capacitação e ampliar o conhecimento do público. Além dos temas técnicos, tópicos como Diretrizes Nacionais para a Atenção à Saúde das Pessoas Estomizadas e direitos dos pacientes e deveres dos órgãos da Saúde Federal, Estadual e Municipal também foram abordados; Padronização dos equipamentos, atuação dos Profissionais da Equipe Multiprofissional, como Médico, Enfermeiro, Assistente Social, Nutricionista e Psicólogo, na Assistência ao Paciente Estomizado foram outros pontos discutidos.

A programação incluiu ainda uma mesa-redonda e tempo de interação aberto a dúvidas entre os palestrantes e convidados.  De acordo com um dos coordenadores responsáveis pela iniciativa, Adilson Lopes Cardoso, enfermeiro do Ambulatório de Estomizados do HCFMB, o evento mostrou como é essencial debater e entender sobre esse assunto entre os diferentes profissionais da saúde.

“Neste encontro, capacitamos ainda mais pessoas em diferentes setores da saúde, provendo maior entendimento sobre o assunto, e mostrando para cada paciente que esse procedimento salva vidas”, explicou Adilson.

O encontro promovido pela Gerência de Enfermagem do HCFMB representada pelo Núcleo de Ambulatórios, contou com o apoio da Escola de Educação em Saúde do HCFMB-UNESP para a sua realização.

O que são estomias?

Há vários tipos de estomias. Porém,  “estomia intestinal”, é um procedimento recomendado para desviar o trânsito fecal, devido a algum quadro patológico, seja por má formação congênita, tumores intestinais, ou doenças inflamatórias, por exemplo.

Na prática, o paciente utiliza uma bolsa coletora ligada diretamente ao intestino grosso ou delgado para recolher fezes e urina, de forma permanente ou temporária.

O estoma, que é a parte do intestino em contato com a bolsa, possui característica vermelha, é úmido e não dói ao ser tocado.

Com a orientação correta realizada pelo profissional da saúde, o paciente consegue realizar esportes, ter uma vida sexual ativa e seguir com as demais atividades de uma vida comum. Por isso, é essencial falar sobre o assunto e desmistificá-lo.