Nos meses de agosto e setembro, as servidoras da Ouvidoria Geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (HCFMB) passaram por um treinamento em Escuta Ativa e Comunicação Não-Violenta (CNV), com o apoio do Núcleo de Capacitação e Desenvolvimento de Pessoal (NUCADE) do Departamento de Gestão de Atividades Acadêmicas (DGAA).
Durante seis encontros, os participantes puderam refletir sobre os princípios da CNV e como a escuta ativa pode contribuir para a resolução de conflitos. A neuropsicóloga e especialista em CNV Bruna J. Silva ministrou o treinamento na Casa do Servidor e conta que, apesar de o tema estar mais em evidência na última década, o filósofo Aristóteles já pensava em formas de comunicações e comportamentos durante o período da Grécia Antiga.
“Quando se fala em comunicação, de modo geral, é importante pensarmos como a informação será recebida pelo outro porque, a partir deste processo, é gerada uma comunicação. Acredito que a forma como eu vou me comunicar no mundo é a marca que eu deixo para as pessoas. Fiquei muito feliz com o convite pois eu nunca passei este treinamento em um hospital e a CNV, na área de saúde, é um pilar, pois molda como as pessoas se manifestam nos diversos ambientes em que frequentam”.
A Ouvidora Geral do HCFMB, Sheila Luana Sales Abrantes Tancler, teve a ideia de fazer o treinamento a partir de estudos que realizou sobre CNV, em que percebeu a importância da ferramenta para o fortalecimento dos vínculos humanos. “Nas nossas rotinas diárias, atendemos desde pessoas que fazem gestão até o público de interesse que são os pacientes e, por conta disso, temos muitos desafios relacionados com a comunicação. Participar da capacitação foi relevante para o autoconhecimento e alinhamento da equipe em estar aberta ao diálogo constante, indicando diretrizes para entender os sentimentos e necessidades de cada indivíduo”.
O que é Comunicação Não-Violenta (CNV)?
De acordo com o Instituto CNV Brasil, é uma prática que tem o objetivo de gerar mais compreensão e colaboração nas relações pessoais, profissionais e intrapessoais. A CNV oferece formas práticas para que as pessoas entrem em contato com a capacidade compassiva de cada um e aumentem as possibilidades de colaboração nas relações.
A Comunicação Não-Violenta foi sistematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, que escolheu esse nome inspirado nos trabalhos de resistência não-violenta de Mahatma Gandhi e Martin Luther King.
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