O Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (HCFMB) participou da elaboração do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para as “Estratégias para Atenuar a Progressão da Doença Renal Crônica (DRC)”, em colaboração com o Ministério da Saúde.
O protocolo foi aprovado no último mês de setembro e lançado oficialmente durante o XXXII Congresso Brasileiro de Nefrologia e o XIV Congresso Luso-Brasileiro de Nefrologia, realizados entre os dias 25 e 28 deste mesmo mês, na cidade de Salvador.
Os PCDTs são documentos que estabelecem critérios para diagnóstico e tratamento de doenças, incluindo as opções terapêuticas, como medicamentos, suas dosagens e mecanismos de controle clínico a serem seguidos pelos gestores do SUS. Eles também garantem que o acompanhamento dos pacientes e a avaliação dos resultados sejam baseados em evidências científicas, levando em consideração a eficácia, segurança e custo-efetividade das tecnologias de saúde utilizadas.
A coordenadora do NATS e diretora do Departamento de Gestão de Atividades Acadêmicas (DGAA) do HCFMB, Juliana Machado Rugolo, explica que o protocolo marca um avanço importante no tratamento de pacientes com DRC atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois insere o medicamento dapagliflozina no rol das estratégias para postergar a progressão da doença renal crônica na saúde pública. “A dapagliflozina já era indicada para adultos com DRC que utilizavam terapia padrão, mas, com o novo protocolo, passa a estar disponível também para pacientes em estágios finais da doença com o objetivo de retardar a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). A incorporação deste fármaco no SUS é um passo significativo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DRC”.
A elaboração do documento contou com o trabalho da equipe multidisciplinar do NATS do HCFMB, coordenada pela professora titular de nefrologia da FMB | Unesp Daniela Ponce, além da terapeuta ocupacional Marília Mastrocolla Cardoso e da farmacêutica Juliana Machado Rugolo, que atuaram como metodologistas em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS). A professora Silvana Andrea Molina Lima foi a coordenadora da Carta Acordo com o Ministério da Saúde.
“Esse avanço, resultado da colaboração entre o NATS do HCFMB e o Ministério da Saúde, reforça o compromisso do SUS em adotar tecnologias de saúde inovadoras e baseadas em evidências, beneficiando milhões de brasileiros que enfrentam a progressão da doença renal crônica”, finaliza Juliana.
O documento na íntegra está disponível neste link.
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