Os pacientes em tratamento de câncer de próstata no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) contarão com um novo procedimento para combate à doença. A equipe de radioterapia começará a utilizar a radioterapia conformacional, que é uma forma mais avançada de radioterapia em relação ao tratamento convencional, uma vez que atinge de maneira mais precisa o tumor.
O médico Batista de Oliveira Júnior, coordenador do Serviço de Radioterapia do HCFMB, explica as vantagens para os pacientes do novo tratamento. “A diferença em relação ao tratamento convencional é que, quando utilizamos a radioterapia conformacional, conseguimos com maior precisão para atingir o tumor e temos maior habilidade para proteger as estruturas adjacentes a ele, de modo que conseguimos diminuir os efeitos colaterais. Essa diminuição dos efeitos no paciente nos permite aplicar uma dose maior de radiação no tumor, com controle maior do que no tratamento convencional”, explica.
O especialista ainda afirma que o procedimento beneficiará, inicialmente, cerca de 10 pessoas por mês, mas este número deverá ser ampliado. “Esse procedimento deverá ser, inicialmente, utilizado para pacientes com câncer de próstata, mas deve ser estendido para pacientes com outros tipos de tumores, como, por exemplo, tumores no sistema nervoso central, tumores pélvicos e abdominais. Existe uma ampla variedade de localizações de tumores em que é possível utilizar este tratamento”, comenta. Em média, o Setor de Radioterapia do HCFMB atende 80 pacientes por mês.
Sobre a Radioterapia
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.
Fonte: Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca).
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