A aluna do curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) Ivana Gonçalves concluiu seu curso defendendo o trabalho “Avaliação do programa de uso da imunoglobulina palivizumabe no Estado de São Paulo”, orientado pela professora Cristina Maria Garcia de Lima Parada e com coordenação da professora Marli Teresinha Cassamassimo Duarte, ambas do Departamento de Enfermagem da FMB.
A pesquisa avaliou a estrutura (recursos humanos, físicos e materiais), o processo de trabalho e os resultados do programa de uso da imunoglobulina palivizumabe. Esse programa existe desde 2007 no Estado de São Paulo e tem como objetivo prevenir a infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças prematuras com uso da imunoglobulina palivizumabe, um tipo de anticorpo.
Ivana conta que foi avaliada a estrutura e o processo dos 16 locais de aplicação da imunoglobulina palivizumabe no Estado, incluindo o HCFMB. “ Cerca de 693 crianças inscritas no programa no ano de 2014 foram acompanhadas por seis meses. Verificamos se essas crianças precisaram ser internadas em UTI por doença/sintomatologia respiratória. Nosso estudo mostrou que a estrutura dos postos de aplicação é, em geral, mais favorável que o processo desenvolvido. Os resultados apontaram ainda aumento médio na chance de internação por doença/sintomatologia respiratória de 29% a cada falha no recebimento das doses, evidenciando a importância deste programa ser desenvolvido como preconizado”, disse.
A pesquisa foi realizada com anuência da Divisão Estadual de Imunização, que receberá cópia do estudo, podendo implementar ações que tem a finalidade de corrigir as fragilidades detectadas.
O estudo poderá contribuir para que sejam implantadas melhorias no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), beneficiando não só pacientes, mas todos os locais que realizam a aplicação da imunoglobina palivizumabe. “A partir dessa pesquisa, saberemos quais as maiores fragilidades da estrutura, dos processos e poderemos reverter falhas na aplicação, o que implica na diminuição de internações infantis”, observa Ivana.
“Unir a pesquisa ao trabalho que fazemos no cotidiano é sempre algo mais estimulante e nos remete a pensar cada vez mais em melhorias, tanto pessoais quanto para a equipe que faço parte”, finaliza a autora do estudo.
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