Há um mês, o Brasil começou a imunizar a população contra a COVID com a vacina bivalente, que oferece proteção contra a variante original do vírus e a cepa Ômicron. O imunizante é mais eficaz em evitar as internações e mortes pela doença em relação aos imunizantes originais. A conclusão está em dois estudos preliminares feitos nos Estados Unidos e na Escandinávia e publicados recentemente.
De acordo com a médica infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Drª. Letícia Lastória Kurozawa, é fundamental que a população faça adesão à vacina “para maior proteção contra as variantes circulantes nesse momento”, diz a especialista.
Ainda segundo a médica do HCFMB, pessoas que apresentaram reação alérgica aos componentes da vacina possuem contraindicação para o imunizante. “Nesse momento a vacina bivalente está indicada apenas como reforço para as pessoas que já tem esquema completo de vacinação contra a covid-19”, explica.
As reações mais comuns são: dores de cabeça, nas articulações, musculares, no local da injeção, cansaço e calafrios.
Evolução do vírus e imunidade
Conforme o vírus causador da covid-19 se espalhou pelo mundo, ele evoluiu, tornando-se mais facilmente transmissível e mais eficiente em driblar a imunidade gerada pelo imunizante original. As novas vacinas foram desenvolvidas para fazer frente a essa nova realidade. Por enquanto só as vacinas feitas a partir do RNA mensageiro têm essa formulação bivalente.
“As vacinas contra a covid-19 inicialmente usadas foram desenvolvidas com a cepa originária da pandemia, mas ao longo do tempo observou-se queda da proteção imunológica em função do surgimento de novas variantes. Assim, em 2023 foram disponibilizadas as vacinas em formulações bivalentes, que oferecem proteção contra a variante original do vírus e contra a variante Ômicron”, frisa Drª. Letícia.
O Ministério da Saúde estima que 54 milhões de brasileiros sejam elegíveis a receber a nova vacina. A oferta ocorrerá em cinco fases, começando pelos mais vulneráveis: pessoas acima de 70 anos, pacientes imunossuprimidos a partir dos 12 anos, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
Eu tenho 57 e meu marido 63. Ja podemos tomar a vacona nos postos?? Já tomamos as 4. Obrigada.
Bom dia, Silvana! Tudo bem?
Os grupos prioritários para tomar a vacina bivalente são: Pessoas acima de 60 anos; pacientes imunossuprimidos a partir de 12 anos; pessoas vivendo em ILPs (instituições de longa permanência) e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; Gestantes e puérperas; Profissionais da saúde; Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
O cronograma de vacinação pode variar de cidade em cidade. Por isso, consulte as informações no posto de saúde mais próximo de sua residência.
Obrigado pelo contato.