O Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) está ganhando um reforço em seus estoques neste final de ano.
Uma parceria entre o Serviço, a Liga de Hematologia e Hemoterapia de Botucatu e a Associação Atlética Carlos Henrique Sampaio de Almeida (AACHSA) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) tem o objetivo de estimular atletas, equipes, torcedores e demais alunos a realizar a doação de sangue e plaquetas.
“A ideia da atlética é ajudar a suprir a demanda de hemocomponentes neste final de ano, período em que os estoques costumam diminuir”, lembra a Coordenadora do Núcleo de Hemoterapia do Hemocentro, Patrícia Carvalho Garcia Bonechini.
A campanha da AAACHSA ocorrerá até o final de janeiro, mas as ações de conscientização com os estudantes ocorrem ao longo do ano. “Quem já precisou de transfusões de sangue sabe que o valor da doação é inestimável. É um ato de solidariedade à saúde pública e a todos aqueles que enxergam o sentimento de esperança materializado no sangue doado”, finaliza Ricardo Mastandrea, aluno da FMB|Unesp e diretor externo da AAACHSA, que teve leucemia e recebeu transfusões sanguíneas como parte de seu tratamento.
Texto divulgado pela AAACHSA sobre a Campanha
O dicionário garante: sangue é um líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
É importante, claro, conhecer o sangue em sua forma literal. Estudamos e aprendemos como as hemácias, plaquetas, leucócitos e demais constituintes fazem o corpo humano funcionar ou, quando alterados, nos fazem sofrer.
Nas letras miúdas do texto, encontramos uma ressalva para o sentido figurado do sangue: vida. Não por acaso, ouvimos dos nossos técnicos, companheiros de equipe e torcida nas beiras das quadras, pistas, campos e piscinas que devemos “dar o sangue” por aquilo que almejamos.
Assim, entendemos muito bem que dar o sangue, no sentido figurado, é um ato de coragem e respeito a quem acredita e torce por nós. Há, no entanto, quem precise do nosso sangue literal, aquele das letras grandes do dicionário, dos tratados de hematologia, dos hemocentros, aquele que circula em cada um de nós, impulsionado pelo coração.
Para quem vê o sentimento de esperança materializado em uma, duas ou quinze bolsas de sangue, os sentidos literal e figurado se misturam. De repente, naquele equipo tingido de vermelho, corre em direção ao corpo um material capaz de desafiar o dualismo do dicionário.
Correm as hemácias, mas também corre a vida.
Doe sangue.
Maisa – Turma LX
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