O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado no dia 26 de abril. De acordo com dados estatísticos publicados recentemente, cerca de 30 milhões de brasileiros são hipertensos.
A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias. Quando essa força é aumentada, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue, o que denomina a Hipertensão Arterial. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Segundo o nefrologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) Dr. Luis Cuadrado Martin, o aumento da pressão arterial ocorre por vários fatores, como predisposição genética, aumento da ingestão de sal, obesidade, alcoolismo, sedentarismo, estresse, distúrbios do sono, entre outros. “Algumas doenças específicas, como insuficiência renal, doenças vasculares dos rins e algumas alterações endocrinológicas (como diminuição ou aumento da atividade da tireoide, aumento da atividade das glândulas supra-renais, etc) também contribuem para esse aumento”, explica.
A elevação da pressão arterial não apresenta sintomas. “Em muitos casos, as pessoas apresentam elevação da pressão arterial e não sabem, pois não têm o hábito de verificar sua pressão”, afirma Cuadrado.
Atualmente, o HCFMB trata cerca de 500 pacientes hipertensos. A primeira orientação dada a esses pacientes é a modificação do estilo de vida, com a introdução de hábitos saudáveis, alimentação regrada e exercícios físicos. Depois, de acordo com o paciente, são introduzidos medicamentos que reduzem a pressão arterial, como drogas únicas ou associadas a outras medicações. Como não se pode mudar a predisposição genética, quem tem antecedentes familiares de pressão alta deve redobrar os cuidados com medição da pressão e controle dos fatores de risco, como obesidade, alcoolismo, tabagismo, estresse, entre outros.
Dr. Luis Cuadrado diz que a primeira forma de prevenção da hipertensão é verificar regularmente a pressão arterial. “Todas as pessoas que dirigem automóveis, por exemplo, verificam a pressão do óleo do motor todos os dias e não percebem: conferem se a luz de pressão de óleo não está acesa. Se ela estiver, sabem que devem levar o carro ao mecânico antes que motor possa fundir. Porém, não se preocupam a medir a própria pressão, que traz consequências ao seu próprio motor”, compara.
“Não deveríamos pensar na hipertensão apenas no Dia Nacional de Combate à Hipertensão. A conscientização é importantíssima, mas deveríamos pensar nessa doença todos os dias. Pratique exercícios, procure ter uma alimentação saudável, com baixo consumo de sódio, e acompanhe sempre sua pressão arterial”, finaliza Cuadrado.
Vivian Abilio – Assessoria de Imprensa do HCFMB
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