Uma simples refeição pode se transformar em um sinal de amor para quem mais precisa. É com esta finalidade que, antes dos procedimentos e exames, os pacientes do Serviço de Transplante do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) recebem um café reforçado para enfrentar os desafios com maior força e disposição.
No mês de maio, os ingredientes deste café foram doados pelo Instituto Deixe Vivo, cuja trajetória teve início a partir da atuação da paciente renal paulistana Giovanna Fiori nas redes sociais, compartilhando suas vivências e motivando a doação de órgãos e tecidos com a hashtag #deixevivo. Com o crescimento das ações, o Instituto foi criado oficialmente em 2022 como Organização da Sociedade Civil (OSC).
Uma das cofundadoras do Instituto é a paciente de Itapetininga Olga Brigida Schekiera que teve sua história interligada ao HCFMB. “Minha trajetória com o Serviço de Transplante começou em 2015, quando precisei de um retransplante renal. Em dezembro de 2019, graças ao sim de uma família doadora, pude fazer o procedimento”.
A partir de suas idas e vindas ao Hospital, Olga percebeu que muitas pessoas vêm de outras cidades para realizar o tratamento e que ter uma alimentação no Serviço seria fundamental. “Uma das missões do Instituto é acolher pacientes renais crônicos e transplantados, bem como seus familiares, por meio de uma Rede de Acolhimento. Como promovemos algumas campanhas, pensamos em criar uma ação específica para doação de itens para o café, e deu muito certo”.
A Enfermeira responsável pelo Serviço, Ariane Moysés Bravin, conta que os cafés são disponibilizados todos os dias, pela manhã e à tarde, a pacientes e acompanhantes, com um cuidado especial aos diabéticos. “Um empresário aqui de Botucatu nos ajuda com os pães e o restante é mantido por doações de outros empresários, entidades, dos próprios familiares e pacientes. Atitudes como a do Instituto são essenciais para promover uma maior humanização na assistência”, finaliza.
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