Entre os dias 24 e 28 de maio, é realizada a Semana Internacional da Tireoide. O tema deste ano é a relação entre a glândula e o coração. Em virtude da pandemia de COVID-19 e a necessidade do distanciamento social, as atividades serão desenvolvidas por meio das redes sociais virtuais (YouTube e Instagram) da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM Nacional).
Dentre as ações programadas estão temas relevantes e atividades informativas sobre a glândula e suas principais afecções. No Brasil, o responsável pela campanha é o Departamento de Tireoide da SBEM.
De acordo com a médica endocrinologista Drª Gláucia M. F. S. Mazeto, responsável pelos Ambulatórios de Tireoide do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), os hormônios tireoidianos são fundamentais para o funcionamento adequado do organismo. “Tanto a falta, o chamado hipotireoidismo, como o excesso, chamado hipertireoidismo, podem impactar negativamente sobre todos os órgãos e sistemas corpóreos, causando uma série de manifestações clínicas”, explica à especialista.
Em relação ao coração, o equilíbrio adequado nas concentrações dos hormônios tireoidianos no sangue é de extrema importância, pois eles estimulam a freqüência e força das contrações do músculo cardíaco, agindo ainda sobre a pressão arterial.
O hipotireoidismo descontrolado pode levar a redução da força de contração e da frequência cardíaca, com menor capacidade de bombear o sangue, podendo resultar em insuficiência cardíaca, por exemplo. Por sua vez, o hipertireoidismo pode levar a aceleração dos batimentos cardíacos e até arritmias, podendo estar associado a hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
“Dessa forma, é importante que pacientes que apresentem hipotireoidismo ou hipertireoidismo sejam submetidos a seguimento e tratamento médicos adequados e particular atenção seja dada a eventuais alterações cardíacas”, finaliza Drª. Gláucia.
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