Referência nacional no atendimento médico, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) recebe milhares de pacientes provenientes de todas as regiões do país. Pessoas que geralmente vêm acompanhadas por familiares que ficam alojados nas Casas de Apoio mantidas pela Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp).
Ao todo, são quatro unidades com capacidade para 114 leitos. A Casa de Apoio I – que acolhe pacientes vítimas de câncer; Casa de Apoio II – destinada as crianças com câncer; Casa de Apoio III – voltada às mães que amamentam bebês prematuros e Casa de Apoio IV – destinada aos pacientes transplantados em diálise peritoneal.
As unidades contam, cada uma, com aproximadamente 340 m² que abrangem de seis a dez apartamentos, sala para lazer, cozinha e banheiros e também contam com fácil acessibilidade devido a instalação de rampas para portadores de necessidades especiais.
O atendimento humanizado é prestado em parceria com o Serviço Social do HCFMB, que faz o encaminhamento dos pacientes. “Nosso compromisso é priorizar os casos mais delicados” destaca a assistente social responsável pela unidade Solange S. Moraes.
Durante o período em que fica no serviço, o paciente e seus acompanhantes têm à disposição café da manhã, almoço, chá da tarde, jantar e chá noturno. Aqueles que recebem uma dieta diferenciada em virtude do tratamento são supervisionados pelo próprio Hospital.
É o caso da ex- trabalhadora rural Lucielena Diogo Ferreira, de 55 anos. Moradora de Mirassol do Oeste, no Mato Grosso, a paciente foi diagnosticada há três semanas com Leucemia e está em tratamento no Hospital das Clínicas há um mês. “Cheguei com a minha mãe nos braços, super debilitada. Para mim o mundo havia acabado. Mas depois que passei por aqui (Casa de Apoio), me senti amada e percebi que ainda existem pessoas boas no mundo”, relata a filha da paciente, Vanusa Diogo Ferreira, 31 anos.
O mesmo aconteceu com Ariadinny Mayara de Oliveira Couto, de 6 anos, moradora de Itapeva/ SP. Acompanhada pela mãe, ela passou por diversas cirurgias em outros hospitais desde que nasceu. Somente em fevereiro deste ano teve seu problema de saúde identificado pelo HCFMB. Depois de ficar temporariamente na Casa de Apoio da Famesp, hoje medicada prepara-se para voltar para casa. “Atenta aos problemas de saúde da filha, Adriana percorreu diversos hospitais, nos quais não tinha onde se hospedar corretamente para fazer o acompanhamento médico de Ariadnny “Minha filha já nasceu com problemas de saúde e somente no início deste ano descobrimos o que ela tinha, aqui no hospital. Foi o único lugar onde encontrei uma Casa de Apoio com ótimas instalações. Não tive custo algum. Ao contrário, só ganhei”, destaca a mãe da paciente, Adriana de Lima Oliveira, 40 anos.
Adriana conta que, ao chegar a Casa de Apoio, recebeu tratamento psicológico, além de roupas e alimentação adequada. “Além disso, minha filha foi adotada pelas monitoras, recebeu inúmeros presentes, amor e carinho. Isso não tem preço”, emociona-se.
Rosa Maria Carcanha, de 18 anos, conta que após o nascimento do filho, ficou um mês na Casa de Apoio III. “Fui mãe cedo, não sabia como lidar com esta situação. Aqui foi o lugar perfeito para ficar, com berço, banheira adequada para o banho, sem contar o acompanhamento direto dos médicos. Fomos salvos graças esse lugar”, recorda-se.
Origem
A excelência no atendimento à saúde demandou aumento considerável da procura pelos serviços prestados no HCFMB. Muitos pacientes e acompanhantes que vinham de outras cidades e até outros estados procurando tratamento, ao chegar em Botucatu não tinham condições financeiras de se hospedar na cidade.
Foi aí que, em meados de 2005, Rubens de Almeida, mais conhecido como Alemão, sensibilizou-se com um idoso que passava mal nas dependências do HCFMB em razão de um tratamento que realizava no Hospital. A partir daí, Alemão criou um projeto de uma casa que abrigasse esses pacientes. A ideia foi prontamente recebida pela Diretoria do HCFMB que, com apoio da Famesp, viabilizou a implantação deste projeto. “Nosso primeiro passo foi correr atrás de um prédio que oferecesse condições para que o projeto saísse do papel. Poucos meses depois (janeiro de 2006) inauguramos a primeira Casa de Apoio ao Paciente Oncológico, com capacidade para acolher 44 pacientes de outras localidades”, explica Alemão, responsável atualmente pelas quatro unidades existentes nos arredores do HCFMB.
4toques comunicação – Assessoria de Comunicação e Imprensa
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