Na noite da última terça-feira (29), foi realizado no Auditório Marco Aurélio da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp), o Workshop de Endoscopia Avançada: Técnica de POEM (Peroral Endoscopic Myotomy) para Tratamento de Acalasia. O encontro foi organizado pelo Serviço de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica, pelo Núcleo de Eventos Científicos do Departamento de Gestão de Atividades Acadêmicas (DGAA) do HCFMB, pela FMB/Unesp e por uma empresa parceira.
A acalasia é um distúrbio onde o paciente apresenta dificuldade para engolir. As principais consequências são refluxo, dores no peito e perda de peso. Além disso, o problema causa a dilatação do esôfago, chamado de megaesôfago.
Dr. Cássio Vieira de Oliveira, responsável médico da Endoscopia do HCFMB, tratou do tema “Métodos Diagnósticos da Acalasia”. Ele ressaltou a importância de ministrar temas de endoscopia avançada, para conhecimento de novas técnicas e tecnologias, que asseguram técnicas terapêuticas minimamente invasivas. “Atualmente, uma das opções do tratamento é o cirúrgico. Aqui, discutimos uma opção mais recente de tratamento endoscópico. No mundo, ela começou a ser usada em 2010. No Brasil, poucos especialistas realizam o POEM”, afirma o médico.
Em seguida, a gastroenterologista do HCFMB, Prof. Dra. Maria Aparecida Arruda, abordou o “Tratamento Cirúrgico na Acalasia”. Falou sobre megaesôfago, doenças relacionadas, estudos e técnicas utilizadas no tratamento. “O POEM é uma técnica endoscópica avançada para tratamento do megaesôfago, que pode ser proveniente da doença de chagas. Ela é muito indicada para pacientes têm dificuldade para deglutir o alimento. Ao fazer o procedimento, eles conseguem se alimentar melhor, além de ser menos invasiva”, destaca.
Por fim, Dr. Antonio Carlos Coelho Conrado, preceptor da Residência Médica do Hospital da Restauração (Recife/PE) e o primeiro a utilizar a técnica na América do Sul, falou sobre “POEM – Aspectos da Técnica, Indicações e Contraindicações na Acalasia/Casos Clínicos”. “O tratamento cirúrgico endoscópico do megaesôfago foi a maior descoberta da endoscopia nos últimos anos. Revolucionou seu tratamento, e hoje, em países como Estados Unidos e Japão, já é a principal escolha para a acalasia. Além de servir como terapêutica inicial, a técnica serve para corrigir a falha de uma cirurgia anterior. Ela é menos invasiva, tem menos complicações, melhores resultados e o paciente sai como o grande beneficiado”, finaliza.
Tadeu Nunes – 4toques comunicação
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