O Dia Mundial da Luta contra o Lúpus é comemorado no dia 10 de maio. A data, oficializada em 2004, tem como objetivo conscientizar e orientar a população sobre a doença, ainda sem cura, apesar dos avanços no tratamento.
O lúpus é uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca o próprio organismo saudável por engano. É uma doença crônica, mas que pode iniciar-se agudamente, e não contagiosa. Afeta principalmente a pele, articulações, rins e cérebro, assim como os demais órgãos.
Os sintomas podem variar de acordo com as partes do corpo que estão sendo afetadas pelo lúpus. Os sinais mais comuns são fadiga, febre, dores nas articulações, dores de cabeça, queda dos cabelos e lesões cutâneas.
Segundo o médico reumatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) Prof. Dr. Oswaldo Melo da Rocha, o tratamento básico para o diagnóstico de lúpus deve ser especializado e direcionado aos órgãos envolvidos. “O principal objetivo do tratamento é deter a evolução da doença, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores do lúpus. No tratamento, são utilizados medicamentos que bloqueiam a resposta do sistema imunológico, chamados fármacos imunossupressores. Caso falhem, usamos medicamentos mais atuais, que podem fortalecer a resposta imunológica. Nos casos leves, o tratamento é feito com anti-inflamatórios e corticoides em baixa dosagem”, afirma.
O HCFMB trata o lúpus em diversas especialidades, já que a doença se apresenta de diversas formas, com manifestações extremamente variáveis.
Para Dr. Oswaldo, a divulgação da doença facilita seu conhecimento. “O Dia Mundial da Luta contra o Lúpus instrui a população a procurar atendimento médico especializado rapidamente. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor o tratamento e o prognóstico. Outro fato importante é que toda informação divulgada sobre o lúpus facilita romper tabus. Hoje, ainda se pensa que o lúpus é sempre fatal, o que não é mais verdade”, diz.
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