Com o objetivo de diminuir os impactos emocionais provenientes de um procedimento cirúrgico, a Diretoria do Hospital Estadual Botucatu (HEBo) idealizou o projeto “Minha Aventura no Hospital”, ação de humanização que reduz o medo e ansiedade não só das crianças, mas também de seus familiares antes da realização das cirurgias dos pequenos.
Para viabilizar a iniciativa, a equipe de enfermagem realiza uma preparação prévia. São duas opções: uma viagem ao espaço, em que astronautas estarão prontos para oferecer todo cuidado que ele precisa, ou à floresta encantada, onde as fadas serão responsáveis por todo o seu tratamento.
E era uma vez um Centro Cirúrgico. Transformado em Planetário ou em Floresta Encantada, os pequenos interagem com o anestesista astronauta ou com as fadas da floresta, e podem sonhar e dar asas a sua imaginação enquanto passam pela cirurgia.
A ideia do projeto é melhorar o atendimento à criança, facilitar sua entrada no Centro Cirúrgico reduzir os mais diversos sentimentos, como medo, angústia, insegurança, entre tantos outros, aparentemente comuns em crianças que precisam de um tratamento ou de uma cirurgia, por mais simples que ela seja.
Depoimentos
“Fui bem recebida aqui (HEBo). Ele ficou alegre e foi tranquilo para o Centro Cirúrgico”. Estas palavras são de Tayná Mikaela Ribeiro Lima Cardoso, 25 anos, natural de Taquarituba. Mãe do pequeno João Miguel, de três anos, que operou de hérnia, ela ressaltou o papel dos profissionais de saúde que vieram buscar seu filho para realizar o procedimento cirúrgico.
Para Rafaela Aparecida Camargo, 33 anos, natural de Fartura, o projeto “faz toda diferença” na vida das pessoas que estão naturalmente apreensivas diante da necessidade de um procedimento cirúrgico.
Ela é mãe do Lorenzo, que operou uma apendicite. “Ele tem oito anos e já entende. Quando ele viu as meninas caracterizadas de fadinhas, ficou mais tranquilo”, lembra a mãe.
Histórico
O projeto “Minha Aventura no Hospital” teve início em junho de 2020, com o retorno parcial da rotina cirúrgica, reduzida em virtude da pandemia. As especialidades cirúrgicas participantes são a cirurgia pediátrica, a urologia infantil e a otorrinolaringologia, com uma média de dez procedimentos por semana.
A montagem e desmontagem da sala cirúrgica têm aproximadamente 15 minutos, não gerando atraso na programação cirúrgica da sala a seguir. O material é limpo e esterilizado entre cada procedimento. Todo equipamento que fica em contato com a criança, como, por exemplo, o capacete, é de uso individual e permanece com a criança para a alta.
O cenário e as fantasias, tanto da equipe de saúde quanto dos pacientes, são frutos de doações e produzidas de acordo com todos os padrões hospitalares.
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