CCIRAS do HCFMB integra campanha que visa aperfeiçoar a higienização das mãos

A Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (CCIRAS) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) participa de uma estratégia multimodal de melhoria da higiene das mãos em serviços de saúde.

A iniciativa é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” (CVE/SP) e a Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH).

O projeto, coordenado pelas enfermeiras do CCIRAS Érika Pavan e Dagmar A. E. Ripoli, tem enfoque na Unidade de Terapia Intensiva da Clínica Médica e objetiva avaliar o impacto da implementação das ações propostas nas taxas de infecções primárias de corrente sanguínea relacionadas a cateteres venosos centrais.

A campanha é destinada aos profissionais de saúde que tem acesso direto ao paciente, incluindo auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, médicos, entre outros profissionais que prestam atendimento multidisciplinar no serviço.

Histórico e Estratégia

Médico infectologista do HCFMB, Gabriel Berg

“Este projeto já foi realizado em 2023 em nossa instituição com enfoque na UTI Neonatal. Este ano, fomos convidados novamente e, considerando que a higiene das mãos é parte integrante do cuidado assistencial e que o programa de melhoria à adesão higiene das mãos faz parte do programa de prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde do nosso serviço, optamos por participar, visando continuar o ciclo de melhoria da higiene das mãos no nosso hospital”, lembra o médico infectologista do HCFMB, Gabriel Berg de Almeida.

A iniciativa envolve uma série de etapas, que incluem: avaliação das taxas atuais de adesão à higiene de mãos, mensuração das mesmas taxas após a realização das ações, avaliação de qualidade de higiene das mãos, engajamento das equipes, a verificação dos indicadores de consumo de sabonete, preparação alcoólica e, por fim, avaliação das taxas de infecção de corrente sanguínea associadas a cateter (como desfecho de impacto de implementação do projeto).

As estratégias devem incluir: a capacitação dos profissionais sobre infecções relacionadas à assistência em saúde (avaliação do conhecimento dos profissionais de saúde sobre a higiene das mãos e educação continuada no tema), realização de campanhas de sensibilização e distribuição de materiais, melhorar a estrutura de higiene das mãos (avaliação e possível modificação da estrutura física da unidade envolvida – número e condição de pias, dispensadores de sabonete, álcool em gel e toalhas de papel), afixação de cartazes de técnica de higiene das mãos e reforço dos cinco momentos da realização de higiene das mãos.

“O projeto já está em andamento. As etapas que envolvem diretamente as ações de educação continuada, fixação de materiais, bem como adequação física da unidade serão realizadas entre os meses de maio e junho”, finaliza Gabriel.