Sabe-se que dormir bem é muito importante para todo ser humano, pois aumenta a qualidade de vida e a produtividade no trabalho, dentre tantos outros benefícios. Por sua vez, quando se têm distúrbios na hora de dormir, a irritação, o cansaço, a sonolência fora de hora e as dores de cabeça são pertinentes. Estatísticas apontam que, no mundo, 40% da população sofrem com algum distúrbio do sono, só que muitos desconhecem o diagnóstico e acabam chegando aos hospitais com maiores complicações.
Pensando nesta realidade, entra em funcionamento o Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, que está localizado no Boulevard, próximo à lanchonete e ao lado das catracas de entrada do hospital. O local atenderá todos pacientes referenciados do Sistema Único de Saúde e de serviços conveniados com o Hospital, que forem direcionados para esse tipo de tratamento.
Para este atendimento, o Laboratório conta com uma equipe multiprofissional capacitada para o atendimento, com a presença de Médicos do sono, Otorrinolaringologistas, Fisioterapeutas, Técnico em Polissonografia, Enfermagem e Recepcionista, além de uma estrutura composta por recepção, consultório, uma sala de monitorização, 4 quartos e 2 banheiros.
Segundo Jefferson Luis de Barros, Fisioterapeuta do HCFMB e Mestre em Distúrbio do sono, o objetivo do Laboratório é realizar o diagnóstico precoce dos pacientes, evitando justamente as maiores complicações por conta dos distúrbios do sono, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e outras doenças cardiovasculares provenientes da Síndrome da Apneia do Sono, um dos distúrbios do sono que tem maior prevalência.
“A Síndrome da apneia do sono se caracteriza pelo fechamento parcial ou total da faringe, fazendo com que o fluxo aéreo seja interrompido durante o evento causando hipoximia e hipercapnia intermitente, fragmentando o sono, isso acaba comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos.”, explica Jefferson.
Raquel Davi de Sousa, uma aposentada de 59 anos da cidade de Fartura/SP, foi a primeira paciente do Laboratório, e aprovou o tratamento e a estrutura. “Eu não esperava fazer este exame, mas já tinha vontade de realizá-lo, porque eu durmo mal, acordo cansada, mais até do que quando deito. Durante o dia, eu fico dormindo, até mesmo sentada; então eu achei muito bom fazer, pra ver se a gente tem alguma coisa. Fico feliz porque essa estrutura será importante para o bem e a melhora de muitas pessoas”, comenta a paciente.
Para a realização de diagnósticos seguros e precisos, recomendados pela Academia Americana de Medicina do Sono, o Laboratório conta com equipamentos para realizar as Polissonografias e possui titulações de CPAP (abreviatura do termo em inglês Continuous Positive Airway Pressure – em Português, pressão positiva contínua nas vias aéreas -, principal máquina para o tratamento da apneia obstrutiva do sono) e BIPAP (em Inglês, Bilevel Positive Airway Pressure, – pressão positiva em vias aéreas a dois níveis – equipamento semelhante ao CPAP que ajuda na respiração, porém com a possibilidade do ajuste dos níveis de pressão do ar durante o uso).
Maíra Masiero – Assessoria de Comunicação e Imprensa
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