Um problema de saúde, uma internação, ou até mesmo acompanhar um ente querido que precisa passar por um período no hospital implica em grandes mudanças na vida de qualquer pessoa. O paciente passa a conviver em um novo cenário, formado por pessoas até então desconhecidas, tendo que se acostumar com uma nova rotina, que engloba inúmeras consultas, exames e procedimentos. Além da insegurança e do medo, o paciente passa a lidar também com a saudade dos demais familiares. Para minimizar e atender a esses casos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) conta com o Núcleo de Serviço Social, que atua desde 1967 com o objetivo de ampliar o atendimento social a esses pacientes, acompanhantes e seus familiares, de forma acolhedora e humanizada.
O serviço procura identificar possíveis casos que possam estar interferindo no processo entre saúde e doença, não só orientando, mas levando também um pouco de alegria, acolhimento e amor ao paciente internado. Traduzindo, o Núcleo de Serviço Social do HCFMB tem um único foco: fazer o bem àqueles que se recuperam e depositam suas esperanças em seu tratamento no hospital.
Durante o ano, além de campanhas mensais de arrecadação de itens básicos (como sabonetes, chinelos, itens de higiene pessoal, etc), diversas ações são realizadas em diferentes datas comemorativas, por meio de uma programação anual, como: Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais e Dia das Crianças. Essas ações são desenvolvidas com a colaboração da Pastoral da Saúde Ecumênica e dos funcionários do hospital, além de pacientes, voluntários e outras pessoas da comunidade.
Nesta época do ano, essas ações se intensificam, e com o Apoio da Pastoral da Saúde, são realizadas visitas do Papai Noel em todas as enfermarias do HCFMB. Lembrancinhas são distribuídas a todos os pacientes internados, após serem arrecadadas por voluntários, peças fundamentais na realização de ações humanizadoras como essa.
A supervisora substituta do Núcleo de Serviço Social Lucelene de Barros Ramos fala sobre as ações dos voluntários no HCFMB. “Os voluntários realizam visita nos leitos e atividades no Templo, onde é oferecido ao paciente e ao acompanhante apoio religioso. A espiritualidade compõe um importante apoio para os familiares ou acompanhantes no enfrentamento da doença, e tem papel relevante na manutenção e recuperação da saúde do paciente, uma vez que a fé e a esperança podem ajudar a aliviar a dor e o sofrimento da família, além de ser motivo de esperança em relação à cura”, diz.
Os voluntários ainda se organizam para a confecção e venda de produtos para arrecadar recursos financeiros, com o objetivo de auxiliar os pacientes e/ou acompanhantes em situações emergenciais, principalmente nos casos de providências para alta hospitalar. “Essa ação social propõe capacitação a todos os voluntários antes de iniciar suas atividades no hospital, sendo abordados assuntos referentes à proteção de sua própria saúde e dos pacientes que os recebem nos leitos”, explica Lucelene.
O Núcleo de Serviço Social analisa o apoio socioeconômico familiar para providenciar os recursos essenciais para atender as necessidades do paciente, assegurando não só sua recuperação no HCFMB, mas sua vida após a internação. “Estimulamos o paciente a buscar por melhores condições de vida e de trabalho, no intuito de elevar o conhecimento sobre seus direitos, e contribuir para o exercício de sua cidadania”, afirma Lucelene.
Lucelene diz que o trabalho do Serviço Social é fazer com que o ambiente hospitalar vá ao encontro das necessidades do paciente, superando ou amenizando as dificuldades do tratamento. “Por essa razão, o Serviço Social do HCFMB tem buscado desenvolver ações como, por exemplo, a revisteca, um espaço lúdico-educativo onde os pacientes vivenciam momentos de descontração e diversão, estimulando o hábito da leitura, trazendo um novo significado ao cenário hospitalar, através de brincadeiras, leituras, pinturas de desenhos impressos, entre outras”, diz.
“A nobreza de nosso ato profissional está em acolher aquela pessoa por inteiro, em conhecer a sua história, em saber como chegou a essa situação e como é possível construir com ela formas de superação deste quadro. Se reduzirmos a nossa prática a uma resposta urgente, a uma questão premente, retiramos dela toda sua grandeza, pois deixamos de considerar, neste sujeito, a sua dignidade humana”, finaliza Lucelene, citando a assistente social e escritora Maria Lúcia Martinelli.
Vivian Abilio – Assessoria de Imprensa do HCFMB via 4toques Comunicação
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