A área de informática na UNESP teve início em setembro de 1984, com a criação de uma comissão para a elaboração de sua estrutura, assim, quando iniciei minha vida profissional na Unesp, em 2008, a área já tinha 24 anos e estava consolidada. Nesses treze anos que integro a informática na universidade presenciei algumas mudanças que elevaram a capacidade da área e a preparam para os desafios do presente.
Logo nos meus primeiros anos na UNESP, em 2009, com a criação do Comitê Superior de Tecnologia da Informação (CSTI), houve uma grande mudança na estrutura da informática na Universidade, que alterou a filosofia de trabalho vigente, com uma maior proximidade entre a reitoria e as unidades, facilitando a troca de experiências e projetos.
Nessa época vários projetos, hoje vitais, foram iniciados, com destaque para: telefonia VoIP, rede sem fio centralizada e revitalização da rede de dados das unidades com atualização das tecnologias e troca de equipamentos.
Outra mudança iniciada com a criação do CSTI foi o desenvolvimento dos sistemas institucionais, com a constituição de um Núcleo de Desenvolvimento com participação de programadores das unidades, que ao invés de se dedicarem a sistemas que seriam usados apenas localmente, passaram a contribuir com softwares usados em toda a universidade.
No âmbito local, a autarquização do HC, foi muito marcante. A área de informática foi a primeira a ser separada, com a formação de uma equipe para atuação exclusiva na FMB. Com a efetivação da Diretoria Técnica de Informatica na FMB, as atividades e problemas enfrentados se tornaram mais próximos do que já era realizado nas outras unidades da Universidade. O mesmo ocorreu com a equipe do Centro de Informatica Medica (CIMED) do HC, que pode se dedicar exclusivamente aos desafios de um hospital desse porte.
Com relação às tecnologias, muito se evoluiu nos últimos 13 anos, aplicações como a videoconferência, que em 2008 eram consideradas de ponta, hoje já são corriqueiras. Para se manter atualizada, em 2018, a universidade realizou parcerias com o Google e a Microsoft e conseguiu oferecer para sua comunidade recursos como webconferência e compartilhamento de arquivos em nuvem que auxiliaram nesse momento trabalho remoto.
É importante destacar que essa evolução só foi possível, pois até 2013 houve investimento em contratação de pessoal e no momento a situação é inversa com um grande número de desligamentos e aposentadorias. Equalizar essa diferença é o próximo desafio que a universidade deve enfrentar e com isso manter a área de informática apta para atender as demandas do futuro.
Gabriel Otávio Trevisani Cavalari é Diretor Técnico de Informática da FMB | Unesp
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