“Pouco se me dá que claudique a onagra, o que me apraz é acicatá-la.”

Bruna Carla Fioruci

Comunicação: esse foi um dos eixos temáticos da inspiradora Imersão dos Diretores do HCFMB, realizada na primeira semana de dezembro. Interessante a metodologia proposta pelo Prof. Dr. André Balbi e a abordagem sutilmente descontraída do Prof. Caldas, que deixou todos os líderes à vontade para expor suas “dores organizacionais”.

A “comunicose”, como um querido amigo trata os problemas de comunicação, não é algo novo. Em minha aula na reunião dos diretores, apresentei como referência Gênesis 11: A Torre de Babel. Para mim, essa citação está no início do livro não à toa. É um aprendizado basal. Ainda que todos os envolvidos tenham o mesmo propósito ao construir algo, se não estiverem com a comunicação alinhada (falando a mesma língua), terão a missão destruída. Esse ensinamento é muito forte, porém pouco exercitado.

Quantas vezes passamos por problemas profissionais e até pessoais por falhas de comunicação? Talvez por ser algo intrínseco ao ser humano, ligamos o modo automático e deixamos de ponderar sobre a assertividade neste processo de passar e receber mensagens. Muitas vezes, as mensagens valiosas são suprimidas pela rotina, que discretamente tornam os dias iguais, e começam as trincas que antecedem a ruína. Aliás, a discrição e a frequência das pequenas ações são muito poderosas. Para o bem e para o mal. Mas esse assunto renderia outro artigo.

Assim como a IV Imersão dos Diretores me pôs dias e madrugada a refletir, convido a todos a responder para si mesmos: quanto você tem exercitado a comunicação? Não a comunicação mecânica, aquela que se faz no modo automático na correria do dia a dia. Mas aquela comunicação estrategicamente pensada, incorporada como algo potencialmente edificador.

Exercite secretamente se você tem reclamado da falta de comunicação, mas tem deixado de praticá-la. Sei que, para ser efetiva, a comunicação deve ser respeitosa, ponto! Entender as dificuldades e as necessidades das partes é um dos componentes desse alicerce. Ainda “provoco” a seguinte reflexão: “quanto você tem interesse pela mensagem do outro e o quanto você está disposto a ouvir?” frase mencionada pelo Dr. André na imersão. Talvez estejamos impensadamente vivendo como a frase citada por Ruy Barbosa no título deste texto, que diz: “Não me importa que a mula manque, o que me dá prazer é esporear”.

Bruna Carla Fioruci é Gerente de Comunicação, Imprensa e Marketing do HCFMB