André Balbi
Em meio a este início de ano com a terceira onda da Covid-19 nos atingindo em cheio, nosso HC vai avançando em sua modernidade pública, com muitas dificuldades, mas também cheio de passos firmes e definitivos. Dois acontecimentos mostram este cenário.
O primeiro ocorreu nos últimos dias de dezembro quando o Ministério da Saúde nos enviou recursos financeiros da ordem de 1.8 milhões de dólares para a aquisição de um novo Acelerador Linear. Trata-se do aparelho que realiza as sessões de radioterapia em pacientes oncológicos, com valor astronômico por ser produzido no exterior e importado ao Brasil somente após sua aquisição. Moderno, este aparelho substituirá o nosso equipamento atual que tem perto de 20 anos de uso, de forma mais segura e eficiente para nossos pacientes. É o HC mostrando seu potencial de atendimento também na oncologia.
O segundo acontecimento ocorreu nesta semana, quando recebemos a notícia de que, a partir de março ou do final da pandemia, teremos mais 20 leitos de UTI habilitados para atendimento de pacientes adultos com patologias diversas, substituindo de forma definitiva os 40 leitos de UTI-Covid abertos na urgência do início da pandemia. Assim o HC passa a contar com 50 leitos de UTI para adultos, financiados totalmente pelo SUS, equipados com modernos respiradores e equipe multidisciplinar especializada, além dos leitos de UTI infantil e neonatal. Lembro que o último aumento de leitos de terapia intensiva ocorreu há pelo menos 15anos, o que valoriza ainda mais esta ampliação.
As vezes penso na gestão atual do HC com todas suas dificuldades e conquistas e me lembro de uma música chamada “vai levando” composta e cantada por Caetano Veloso e Chico Buarque no final dos anos 70: “mesmo com o nada feito, com a sala escura, com um nó no peito, com a cara dura, não tem mais jeito, a gente não tem cura. A gente vai levando… E completo: levando com orgulho e esperança!
Dr. André Balbi é médico nefrologista e atual Superintendente do HCFMB.
Comentários