Covid-19 e mudanças climáticas – momento decisivo para transformações

Nesta terça-feira, 23, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), por meio de sua Unidade Especial de Saúde Sustentável (UESS), publica a segunda matéria da série sobre a Covid-19 e o meio ambiente, mostrando alguns desafios e caminhos para melhorar a sustentabilidade do planeta pós-pandemia. Veja a primeira matéria desta série clicando aqui!
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Foto by Freepik

Além da disseminação da Covid-19, a humanidade passa também por outra grande crise de saúde global: as mudanças climáticas, apontadas pelos cientistas como o principal problema de saúde pública da humanidade, mas também como uma grande oportunidade de modificação em tempos de pandemia.

Prof.ª Karina Pavão Patrício, coordenadora da UESS, explica como o aumento da temperatura pode gerar sérias consequências para a humanidade. “Atualmente, no Rio de Janeiro, em quase 300 dias do ano, em 2 a 3 horas do dia, a temperatura e umidade ficam além do limite fisiológico do corpo humano. Se a temperatura aumentar mais de 2ºC, vão existir horários que as pessoas não poderão sair as ruas. Se não controlarmos o aquecimento global, teremos que ficar confinados”, alerta.

O aumento constante da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE), associado à queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e pelos automóveis, é fator determinante para as mudanças climáticas. Em relação a isso, a coordenadora da UESS relata também que a pandemia trouxe pontos positivos. “Por conta do isolamento social que estamos fazendo, diminuímos muito os deslocamentos e outros consumos. Com isso, a natureza nos mostrou o resultado: com menos poluição atmosférica nas grandes cidades, lagos, rios e até canais de Veneza, por exemplo, estão limpos, mostrando as belezas da natureza”.

Renata Camargo Gomes, integrante da UESS, afirma que a pandemia trouxe uma “dolorosa oportunidade” para redesenhar os sistemas sociais e econômicos com base na saúde planetária. “A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que emergência climática e emergência de saúde são dois lados da mesma moeda. A saúde das pessoas e do planeta estão entrelaçadas e nossos ecossistemas naturais são os elementos mais essenciais que sustentam a vida neste planeta”.

Mas em que o HCFMB pode contribuir para mudar este cenário? A UESS da instituição participa, desde 2015, do Desafio a Saúde pelo Clima 2020, campanha internacional coordenada pela Rede Global de Saúde sem Dano para que hospitais diminuam suas emissões de Gases de Efeito Estufa até 2020, e os resultados são positivos. “Felizmente, graças ao trabalho colaborativo do HCFMB, conseguimos diminuir em 32% nossas emissões em 2019, se comparado a 2015. Este é o caminho: se cada um fizer a sua parte, poderemos suavizar as mudanças climáticas na Terra e garantir uma melhor qualidade de vida para todos”, finaliza Prof.ª Karina.
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E você? Como se locomove até o trabalho? Já pensou em usar outros meios de transporte que não seja o carro? Já parou para pensar no seu consumo de energia elétrica? E consumo em geral? Toda produção emite Gases de Efeito Estufa! Adote hábitos mais saudáveis e consumo mais consciente!

Para mais informações, acesse a página da UESS no site do HCFMB.
Leitura sugerida:
101 dias com ações mais sustentáveis para mudar o mundo, livro de Marcus Hyonai Nakagawa