SESMT e CIPA atualizam Mapas de Risco dos setores do HCFMB

No último mês de novembro, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), juntamente com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), realizou a atualização dos Mapas de Risco locais e, na sequência, das Unidades Externas do Complexo HC.

Os Mapas de Risco representam graficamente o conjunto de fatores de risco presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores, como acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, têm a função de informar e orientar os funcionários da respectiva área de atuação e outras pessoas que, por ventura, passem por este local. Por isso, os Mapas precisam ter um formato de fácil visualização e acessibilidade.

A legislação que rege, no Brasil, a elaboração dos Mapas de Risco está contida na Portaria Federal 25, de 29 de dezembro de 1994. Porém, de acordo com João Cruz, Diretor do SESMT do HCFMB, a origem destes Mapas no mundo é mais antiga.“O Mapa de Risco surgiu na Itália no final da década de 60. No início da década de 70, o movimento sindical desenvolveu um modelo próprio de atuação na investigação de controle das condições de trabalho pelos próprios trabalhadores. O Mapa de Risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil na década de 80, tornando obrigatória a realização de mapeamento de riscos para todas as empresas que tenham CIPA, através da Portaria n° 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho (DNSST)”, afirma João.

Segundo a Portaria Federal 25, os riscos ocupacionais são classificados em cinco tipos: químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, podendo não existir ou ter grau pequeno, médio ou grande, dependendo do local e do tipo de trabalho lá executado. “Os Mapas indicam os riscos aos quais os servidores estão sujeitos, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou Coletiva (EPCs) e mostram que alguém se preocupa com a saúde dos que ali trabalham. Para os pacientes / visitantes, além de indicar estas coisas, os Mapas demonstram organização, planejamento e cuidado em relação aos trabalhadores daquela área e também com quem possa estar ali por alguns momentos”, explica Rosana Jimenes Pavanelli, presidente da CIPA do HCFMB – Gestão 2016/2017.

De acordo com Cruz, a inserção dos Mapas de Risco no HCFMB iniciou-se simultaneamente com a criação do SESMT (fevereiro de 2011) e com a instituição da CIPA (agosto de 2012). Para garantir a representação atualizada dos riscos, os Mapas são atualizados e aperfeiçoados anualmente, graças à parceria entre SESMT e CIPA. “Os riscos apontados demonstram a visão do trabalhador, através dos seus representantes: os Cipeiros. O SESMT tem o papel de treinar esses trabalhadores e de prestar a devida assessoria técnica para elaboração dos mapas”.

Pavanelli ressalta a importância do trabalho dos Cipeiros para que os Mapas fossem elaborados com qualidade e também valoriza a parceria com o SESMT. “Os Cipeiros, de uma forma geral, colaboram sobre maneira: uma vez orientados e sob supervisão criteriosa do SESMT, colheram todas as informações constantes do questionário, atualizando as das áreas existentes e coletando pela primeira vez das áreas novas que não constavam anteriormente. Os Cipeiros estão de parabéns, pois foi uma força tarefa que aconteceu de forma integrada e responsável, e o resultado está aí: mapas prontos e confeccionados da melhor qualidade. O trabalho da CIPA, em conjunto com o SESMT, na minha opinião, em muito tem contribuído para a melhora dos ambientes de trabalho e da saúde de todos os nossos colaboradores. Temos muito pela frente, mas a caminhada no rumo certo já começou”, finaliza.