Retalhos de vida – Projeto doa cobertores para pacientes e acompanhantes do HCFMB

Quando estão sozinhos, pequenos retalhos são apenas simples e frios pedaços de tecidos. Porém, no instante em que são entrelaçados por mãos solidárias, a união destes fragmentos em prol ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) torna-se sinônimo de aconchego e empatia, esquentando os corações de quem mais precisa.

Desde 2015, o projeto botucatuense Tecendo a Vida, idealizado pelas irmãs Joana e Natalina, fornece kits de enxoval para crianças nascidas na Maternidade do HCFMB cujas mães não possuem condições de adquirir os produtos, por não terem condições financeiras ou por desconhecimento da gestação até o nascimento do bebê. Estes enxovais contribuem para a realização do projeto Bem-Vindo, implantado pela Comissão de Humanização do HCFMB.

Voluntárias Joana e Natalina / Arquivo GCIM HCFMB

Mas, nos últimos tempos, uma nova forma de solidariedade aqueceu os corações das voluntárias: uma fábrica de roupas para pets doou diversos retalhos de soft que se transformaram em cobertores, encaminhados ao Ambulatório de Oncologia do Hospital Estadual Botucatu (HEBo). “Depois de acertarmos os retalhos, minha irmã e minha tia Maria Inês juntaram e uma grande amiga costurou todos, resultando em 32 peças”, explica Joana.

Assim como um retalho só não faz um cobertor, Joana reforça a importância das parcerias com amigos e familiares para o êxito desta missão solidária. “Com a ajuda de amigos, conseguimos costurar e emendar todos os retalhos que nos foram doados. Minha mãe, com 87 anos, também faz pequenas peças para os enxovais, e isso mostra como a união de todos pode fazer a diferença”.

A iniciativa é apoiada pela Comissão de Humanização do HCFMB e para a enfermeira Karen Aline Batista da Silva, presidente deste grupo, a ação é muito importante. “É extremamente fundamental a ação voluntária em nossa instituição. Esse projeto traz um acalento ao paciente oncológico e também estimula que outros voluntários ajudem o Hospital”.

Já para as voluntárias, o sentimento que fica depois de cada entrega é de realização. “Esta é uma missão que é feita com capricho e muito carinho para chegar a todos com energia positiva”, encerra Natalina.