Saberíamos, hoje, viver sem as redes sociais?

Elisa Veeck

Pareceram uma eternidade as seis ou sete horas de pane no WhatsApp, instagram e facebook. Se eu estivesse na cadeira de um dos homens mais ricos do planeta, Mark Zuckerberg, teria ficado especialmente chateada ao perder 6 bilhões de DÓLARES em apenas um dia. 

Do lado de cá, da cliente (apesar de não pagarmos nada pelos aplicativos, mas pagamos – e muito – ao sermos clientes dos anúncios), eu achei um sossego danado o silêncio das mensagens. Mas, depois, levei em conta a quantidade de gente que depende de um WhatsApp para fazer suas vendas. Da marmita ao catálogo de jóias. Me senti egoísta e torci que voltasse logo.

Demos a notícia, na CNN, na terça de manhã (05/out), que uma pequena empresa de marmitas havia perdido 4 mil reais nessa brincadeira. Também li que audiências foram suspensas já que dependiam das chamadas de vídeo do whats. Uma pesquisa feita pela mobile time mostrou que  99% dos smartphones no Brasil têm o app. E quase 70% usam a chamada de voz. Estamos dependentes.

Volta e meia, no jornal, a gente fala sobre o aumento na pandemia de casos de ansiedade e depressão entre todos, especialmente jovens e mulheres, e o quanto as redes ajudam a distrair mas também inflamam a doença. Falamos também da dependência emocional, que não é legal. E também falamos de prosperidade, já que muita gente encontrou, ali, um local de venda, de lucro, de alimento para suas famílias.

Para além do prazer e das figurinhas divertidas (sou dessas), uma ferramenta como WhatsApp virou sobrevivência para pequenos empreendedores. Saberíamos, hoje, viver sem?

Abraço carinhoso,

Elisa Veeck

Elisa Veeck é jornalista e apresentadora da CNN Brasil